No português, Bem-vindos a Pequim!
Isso é o que significa, quando colocadas juntas, a primeira sílaba dos nomes de cada mascote dos Jogos de Pequim, os Fuwa.
Beibei, Jingjing, Huanhuan, Yingying e Nini simbolizam os anéis olímpicos, ou seja, os cinco continentes. E foram criados para reunir e representar a arte tradicional e o folclore da China.
Pois é, conflitos a parte, esse ano as Olimpíadas acontecem na China. Falta menos de um mês para o evento, e a expectativa é grande.
Atletas do mundo todo vão se reunir para disputar trinta e cinco modalidades esportivas em um país oriental, governado por um partido comunista, que desponta como uma das maiores economias em crescimento e que tem mais de um bilhão de habitantes.
Os primeiros jogos olímpicos surgiram na Grécia, em 776 a.C., em homenagem aos mortos e ao deus Zeus. Era uma mistura de esportes com religião, culto aos deuses e à beleza. Os cidadãos livres disputavam seis modalidades de esporte e as mulheres não podiam participar da competição, que já acontecia a cada quatro anos.
Os jogos foram abolidos quando a Grécia foi dominada pelos romanos, em 393 d.C., e retomados somente no século XIX.
Em 1894, o francês barão de Coubertin organizou um congresso e criou o Comitê Olímpico Internacional. Atenas foi o local escolhido para sediar a primeira edição das Olimpíadas dos tempos modernos.
A bandeira branca com os cinco anéis foi criada em 1913, também pelo barão de Coubertin, e representa os cinco continentes que aderiram aos jogos. Pelo menos uma das cinco cores (azul, amarelo, preto, verde e vermelho) está presente na bandeia de qualquer país.
Pois é, quase três mil anos depois as Olimpíadas resistem ao tempo. E esse ano, a sede será em Pequim.
A China é um país que enfrenta grandes problemas políticos. Recentemente acompanhamos a revolta tibetana, que aconteceu em março deste ano. Antes disso, em 1989, o exército chinês reprimiu estudantes que pediam democracia na praça Paz Celestial, em Pequim.
A história do país também nos mostra o massacre sofrido durante a Segunda Guerra Mundial, quando o Japão invadiu a China. Fato que repercute até os dias de hoje e causa grande tensão entre os dois países orientais.
Além disso tudo, a censura e repressão são grandes. O atual presidente, Hu Jintao, é considerado um homem muito repressivo.
O conteúdo da Internet, por exemplo, passa por censores que ficam incumbidos de tirar do ar todo conteúdo polêmico. Filmes também são submetidos à censura, sendo que muitos não podem ser exibidos e outros só vão para as telas após terem boa parte do conteúdo cortado.
Isso, sem dúvida alguma, é uma ótima oportunidade para a pirataria, que encontra espaço no mercado ilegal de CDs e DVDs.
Outro fator preocupante da China é a população. São mais de um bilhão de habitantes no país. Foi por isso que o governo adotou, na década de 70, a política de um filho por casal.
Já a economia, vai muito bem. Cresce aproximadamente dez por cento ao ano e já é considerada a terceira maior economia do mundo. Mas os reflexos disso são problemáticos. A desigualdade no país é grande, assim como a poluição.
Resultado de um crescimento desenfreado e sem muitas preocupações com o meio ambiente, na China estão dezesseis das vinte cidades mais poluídas do mundo.
Um país cheio de contrastes, que fascina e atiça a curiosidade dos turistas ocidentais. A China é repleta de histórias e tem uma rica cultura. A começar pelo idioma e pelos ideogramas, que são verdadeiras artes.
A culinária também chama a atenção dos ocidentais, e é geralmente lembrada pelas excentricidades.
Vamos agora acrescentar a todo esse cenário rico em cultura e cheio de problemas, trinta e cinco modalidades de esporte, atletas de todos os cantos do mundo e turistas de todos os países.
O resultado será visto a partir do dia oito de agosto, quando acontece a abertura oficial dos Jogos Olímpicos de 2008, na China.
Todas as atenções estarão voltadas para o evento. Turistas, atletas, imprensa, e clima de torcida e a animação do esporte no ar.
Sendo assim, Bei Jng Huan Ying Ni! Ou melhor, Bem-vindos a Pequim!
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