Grande, imponente e solitária no meio de um terreno marcado por uma tragédia. Uma árvore resistiu ao maior desastre da aviação brasileira e sobreviveu mesmo após uma implosão no local onde o Airbus da TAM se chocou com o prédio da empresa.
Exatamente um ano depois do acidente que matou 199 pessoas, ela está com suas folhas verdes.
Hoje familiares das vítimas se reuniram para prestar uma homenagem no local da tragédia. Fotos das pessoas que morreram foram penduradas na árvore, que ficou conhecida como árvore da vida.
No dia 17 de julho de 2007, por volta das sete e quarenta da noite, o avião não conseguiu parar, atravessou a avenida e colidiu no prédio da TAM Express.
As condições da pista não estavam favoráveis para o pouso, estava molhada. Além disso, um dos manetes estava na posição de aceleração na hora da aterrissagem.
As imagens do incêndio permanecem na memória dos brasileiros, principalmente daqueles que acompanharam a tragédia. Assim como o desespero dos amigos e familiares ao saber da tragédia.
Um ano se passou e as investigações ainda não chegaram ao fim. O relatório final da polícia que vai indicar as causas e apontar os responsáveis pela queda do vôo JJ3054 deve ficar pronto em até três meses.
Mas o delegado que acompanha o inquérito, Antônio Carlos Barbosa Menezes, adiantou que sete pessoas serão indiciadas por lesão corporal culposa e homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
O processo é complexo. São mais de quarenta mil páginas e duas mil fotografias. E já foram ouvidas 309 pessoas.
No aniversário do acidente com o Airbus da TAM, parentes se reuniram no local e, no mesmo horário que aconteceu a tragédia, fizeram um minuto de silencio.
Uma missa foi celebrada e, no saguão do aeroporto de Congonhas, houve manifestação.
Amanhã, sexta-feira, os familiares vão se reunir com autoridades para discutir sobre o andamento das investigações e com um arquiteto para falar sobre o projeto de construir um memorial para as vítimas no terreno que era ocupado pelo prédio da TAM.
O projeto está causando muitas discussões e polêmica. A prefeitura anunciou a construção de um parque, mas as famílias querem o memorial, com inscrições de todas as vítimas.
No projeto da prefeitura, seriam construídos dois muros brancos que não se tocam, para sugerir que algo se rompeu. O nome escolhido é Parque Ipê Amarelo. Para representar as vítimas, pontos com luz branca no chão.
E as homenagens continuam no fim de semana.
No sábado, ao meio dia, uma missa será celebrada na Catedral da Sé. E para o domingo, está marcado um concerto sinfônico na Sala São Paulo.
Um detalhe, que pode passar desapercebido, me chamou a atenção. Os familiares vão entrar na Catedral da Sé, no sábado, com 201 arranjos de flores. O número representa as 199 vítimas e mais dois bebês que estavam em gestação e morreram no acidente antes mesmo de nascer.
É um fim de semana de luto, homenagens e lembranças. E também de protesto. As famílias cobram que os responsáveis pelo acidente sejam punidos. Além disso, o acontecimento deve ser lembrado como um fato triste, que marcou a maior tragédia da aviação brasileira, e precisa servir de exemplo do que não deve se repetir.
quinta-feira, 17 de julho de 2008
terça-feira, 15 de julho de 2008
Vamos tomar um café?
Ao invés do chopp gelado acompanhado por uma bela picanha ou porção de batata frita, que tal um café com porções de pão-de-queijo para o happy hour? E uma xícara de chá com biscoitos?
É... a lei pegou. O número de acidentes de trânsito e mortes causadas por motoristas embriagados caiu drasticamente e as pessoas estão com medo da já famosa blitz da Operação Direção Segura.
Sendo assim, a dita Lei Seca, ou Tolerância Zero, como preferirem, está interferindo nas reuniões de amigos nos bares durante o fim de semana, ou mesmo durante a semana, após o trabalho.
O que fazer? Deixar de sair? Afinal o bafômetro tornou-se uma assombração e inimigo número um dos bares. Acusa qualquer vestígio de álcool, e um copinho de cerveja não passa imperceptível por ele.
O jeito é buscar alternativas. Afinal, ninguém vai abrir mão de sentar em uma mesa com os amigos e bater um bom papo.
Uma sugestão é apostar nos cafés. O estabelecimento pode ser tradicional ou mais moderno, isso fica de acordo com o gosto de cada um.
A primeira impressão pode ser estranha. Mas, por causa da nova lei de trânsito que restringe o consumo de álcool, especialistas apostam no lucro e no crescimento dos estabelecimentos de café.
O pesquisador do Instituto de Economia Agrícola, ligado à Secretaria de Agricultura Estado de São Paulo, Celso Vegro, garante que a lei deve ter reflexos nos estabelecimentos especializados na bebida e também nos de alimentação, como restaurantes, lanchonetes, sorveterias.
Para o pesquisador, os brasileiros vão começar a mudar os hábitos para se adaptar à legislação. E o mercado deve se preparar para isso, inovando o cardápio, sugerindo novos drinques sem álcool e propondo novas formas para preparar e servir o cafezinho.
Mas essa mudança não será de uma hora para outra. É um processo gradual e que deve ter uma ajudinha da publicidade e um esforço de marketing.
Afinal, os apreciadores de bebidas alcoólicas precisam se acostumar com a idéia e serem convencidos a trocar o boteco com a cerveja gelada por uma xícara de café quente em uma cafeteria descontraída.
É... a lei pegou. O número de acidentes de trânsito e mortes causadas por motoristas embriagados caiu drasticamente e as pessoas estão com medo da já famosa blitz da Operação Direção Segura.
Sendo assim, a dita Lei Seca, ou Tolerância Zero, como preferirem, está interferindo nas reuniões de amigos nos bares durante o fim de semana, ou mesmo durante a semana, após o trabalho.
O que fazer? Deixar de sair? Afinal o bafômetro tornou-se uma assombração e inimigo número um dos bares. Acusa qualquer vestígio de álcool, e um copinho de cerveja não passa imperceptível por ele.
O jeito é buscar alternativas. Afinal, ninguém vai abrir mão de sentar em uma mesa com os amigos e bater um bom papo.
Uma sugestão é apostar nos cafés. O estabelecimento pode ser tradicional ou mais moderno, isso fica de acordo com o gosto de cada um.
A primeira impressão pode ser estranha. Mas, por causa da nova lei de trânsito que restringe o consumo de álcool, especialistas apostam no lucro e no crescimento dos estabelecimentos de café.
O pesquisador do Instituto de Economia Agrícola, ligado à Secretaria de Agricultura Estado de São Paulo, Celso Vegro, garante que a lei deve ter reflexos nos estabelecimentos especializados na bebida e também nos de alimentação, como restaurantes, lanchonetes, sorveterias.
Para o pesquisador, os brasileiros vão começar a mudar os hábitos para se adaptar à legislação. E o mercado deve se preparar para isso, inovando o cardápio, sugerindo novos drinques sem álcool e propondo novas formas para preparar e servir o cafezinho.
Mas essa mudança não será de uma hora para outra. É um processo gradual e que deve ter uma ajudinha da publicidade e um esforço de marketing.
Afinal, os apreciadores de bebidas alcoólicas precisam se acostumar com a idéia e serem convencidos a trocar o boteco com a cerveja gelada por uma xícara de café quente em uma cafeteria descontraída.
segunda-feira, 14 de julho de 2008
BEI JING HUAN YING NI!
No português, Bem-vindos a Pequim!
Isso é o que significa, quando colocadas juntas, a primeira sílaba dos nomes de cada mascote dos Jogos de Pequim, os Fuwa.
Beibei, Jingjing, Huanhuan, Yingying e Nini simbolizam os anéis olímpicos, ou seja, os cinco continentes. E foram criados para reunir e representar a arte tradicional e o folclore da China.
Pois é, conflitos a parte, esse ano as Olimpíadas acontecem na China. Falta menos de um mês para o evento, e a expectativa é grande.
Atletas do mundo todo vão se reunir para disputar trinta e cinco modalidades esportivas em um país oriental, governado por um partido comunista, que desponta como uma das maiores economias em crescimento e que tem mais de um bilhão de habitantes.
Os primeiros jogos olímpicos surgiram na Grécia, em 776 a.C., em homenagem aos mortos e ao deus Zeus. Era uma mistura de esportes com religião, culto aos deuses e à beleza. Os cidadãos livres disputavam seis modalidades de esporte e as mulheres não podiam participar da competição, que já acontecia a cada quatro anos.
Os jogos foram abolidos quando a Grécia foi dominada pelos romanos, em 393 d.C., e retomados somente no século XIX.
Em 1894, o francês barão de Coubertin organizou um congresso e criou o Comitê Olímpico Internacional. Atenas foi o local escolhido para sediar a primeira edição das Olimpíadas dos tempos modernos.
A bandeira branca com os cinco anéis foi criada em 1913, também pelo barão de Coubertin, e representa os cinco continentes que aderiram aos jogos. Pelo menos uma das cinco cores (azul, amarelo, preto, verde e vermelho) está presente na bandeia de qualquer país.
Pois é, quase três mil anos depois as Olimpíadas resistem ao tempo. E esse ano, a sede será em Pequim.
A China é um país que enfrenta grandes problemas políticos. Recentemente acompanhamos a revolta tibetana, que aconteceu em março deste ano. Antes disso, em 1989, o exército chinês reprimiu estudantes que pediam democracia na praça Paz Celestial, em Pequim.
A história do país também nos mostra o massacre sofrido durante a Segunda Guerra Mundial, quando o Japão invadiu a China. Fato que repercute até os dias de hoje e causa grande tensão entre os dois países orientais.
Além disso tudo, a censura e repressão são grandes. O atual presidente, Hu Jintao, é considerado um homem muito repressivo.
O conteúdo da Internet, por exemplo, passa por censores que ficam incumbidos de tirar do ar todo conteúdo polêmico. Filmes também são submetidos à censura, sendo que muitos não podem ser exibidos e outros só vão para as telas após terem boa parte do conteúdo cortado.
Isso, sem dúvida alguma, é uma ótima oportunidade para a pirataria, que encontra espaço no mercado ilegal de CDs e DVDs.
Outro fator preocupante da China é a população. São mais de um bilhão de habitantes no país. Foi por isso que o governo adotou, na década de 70, a política de um filho por casal.
Já a economia, vai muito bem. Cresce aproximadamente dez por cento ao ano e já é considerada a terceira maior economia do mundo. Mas os reflexos disso são problemáticos. A desigualdade no país é grande, assim como a poluição.
Resultado de um crescimento desenfreado e sem muitas preocupações com o meio ambiente, na China estão dezesseis das vinte cidades mais poluídas do mundo.
Um país cheio de contrastes, que fascina e atiça a curiosidade dos turistas ocidentais. A China é repleta de histórias e tem uma rica cultura. A começar pelo idioma e pelos ideogramas, que são verdadeiras artes.
A culinária também chama a atenção dos ocidentais, e é geralmente lembrada pelas excentricidades.
Vamos agora acrescentar a todo esse cenário rico em cultura e cheio de problemas, trinta e cinco modalidades de esporte, atletas de todos os cantos do mundo e turistas de todos os países.
O resultado será visto a partir do dia oito de agosto, quando acontece a abertura oficial dos Jogos Olímpicos de 2008, na China.
Todas as atenções estarão voltadas para o evento. Turistas, atletas, imprensa, e clima de torcida e a animação do esporte no ar.
Sendo assim, Bei Jng Huan Ying Ni! Ou melhor, Bem-vindos a Pequim!
Fontes:
terça-feira, 8 de julho de 2008
Que polícia é essa?
“Eles não tiveram piedade, eles não tiveram pena, eles vieram para executar. Que polícia é essa?”.
Foi o que disse o pai do menino João Roberto. O garoto ia completar quatro anos no próximo dia vinte e nove, e os pais dele já pensavam nos preparativos para a festa de aniversário.
A vida do menino foi interrompida de modo cruel e violento, e ele morreu depois de ser baleado por dois tiros que saíram das armas de policiais do Rio de Janeiro.
Os policiais disseram que o carro onde estava João Roberto, a mãe dele e o irmãozinho de nove meses, ficou no meio do fogo cruzado, durante uma perseguição a bandidos.
O secretario de segurança, José Mariano Beltrame, lamentou o ocorrido, pediu desculpas, reconheceu que a polícia está mal preparada e que os policiais confundiram o carro da família com o dos criminosos.
O fato é que a criança de três anos, que estava no carro com a mãe e o irmão, morreu após levar um tiro na cabeça. No carro, ficaram as marcas de pelo menos quinze tiros.
O pai do menino, revoltado e indignado, que acabava de perder o filho, conversou com a imprensa e, em desespero, criticou os policiais e disse que eles atiraram para executar.
No domingo, a família voltava para casa após uma festa. A mãe viu um carro passando em alta velocidade e, logo depois, a viatura. Encostou para dar passagem. O que ninguém poderia esperar é que a viatura parou também, dois policiais desceram do carro e descarregaram as armas contra o veículo onde estavam uma mulher e duas crianças pequenas.
Testemunhas confirmam a versão da mãe, e afirmam que eles atiraram para matar.
Desesperada, a mãe jogou a bolsa do bebê pela janela, numa tentativa de mostrar aos policiais que havia crianças dentro do carro, abriu a porta e se lançou para fora, na tentativa de salvar os filhos.
O pai de João Roberto disse ainda que a esposa dele mandou o filho mais velho deitar no chão do carro. E o menino, na ingenuidade de uma criança, ainda teve tempo de perguntar “por que, mãe?”.
Essas, provavelmente, foram as últimas palavras do menino.
A Secretaria de Segurança do Rio classificou a ação como “desastrosa”, e o secretário falou que falta para a polícia “preparo e critério na hora de agir”. Pediu desculpas e disse que o governador está “constrangido”.
Pedido de desculpa não serve para quem viu o filho de três anos ser baleado na cabeça, e é muito pouco para confortar as pessoas que têm medo de sair às ruas e que não confia na polícia.
Constrangidos devem estar os policiais honestos, que nessas horas provavelmente se envergonham da profissão.
Realmente, é lamentável a morte violenta de uma criança, cujos autores foram aqueles que deveriam ser responsáveis pela segurança da população. Lamentável também é a ação da polícia e da política que contribuem para essa violência que já se tornou rotineira no Rio.
É muito triste, revoltante e assustadora a situação.
Crimes cujas vítimas são crianças causam uma comoção pública muito grande e mexem com o sentimento das pessoas. Quantas crianças ainda vão ter que morrer? Até quando isso vai acontecer?
Infelizmente isso acontece diariamente, não só no Rio. E, sendo no Rio, muitos outros inocentes morrem nos morros e favelas, mas a tragédia só se torna pública quando acontece no asfalto, principalmente quando atinge a classe média. Mas parece que nada muda e assassinatos como esse voltam a acontecer.
O caso do menino João Roberto é mais um sinal do fracasso desse governo no combate à violência.
Confesso que fiquei arrepiada ao ouvir a declaração desse pai, e não consigo imaginar o que passou pela cabeça da mãe e das testemunhas que viram o momento em que dois policiais metralharam o carro onde estava uma mulher e duas crianças.
Carro este que parou no acostamento para dar passagem para a viatura continuar a perseguição policial que estava fazendo. Mas o desfecho da história foi mais trágico do que se podia imaginar.
Foi o que disse o pai do menino João Roberto. O garoto ia completar quatro anos no próximo dia vinte e nove, e os pais dele já pensavam nos preparativos para a festa de aniversário.
A vida do menino foi interrompida de modo cruel e violento, e ele morreu depois de ser baleado por dois tiros que saíram das armas de policiais do Rio de Janeiro.
Os policiais disseram que o carro onde estava João Roberto, a mãe dele e o irmãozinho de nove meses, ficou no meio do fogo cruzado, durante uma perseguição a bandidos.
O secretario de segurança, José Mariano Beltrame, lamentou o ocorrido, pediu desculpas, reconheceu que a polícia está mal preparada e que os policiais confundiram o carro da família com o dos criminosos.
O fato é que a criança de três anos, que estava no carro com a mãe e o irmão, morreu após levar um tiro na cabeça. No carro, ficaram as marcas de pelo menos quinze tiros.
O pai do menino, revoltado e indignado, que acabava de perder o filho, conversou com a imprensa e, em desespero, criticou os policiais e disse que eles atiraram para executar.
No domingo, a família voltava para casa após uma festa. A mãe viu um carro passando em alta velocidade e, logo depois, a viatura. Encostou para dar passagem. O que ninguém poderia esperar é que a viatura parou também, dois policiais desceram do carro e descarregaram as armas contra o veículo onde estavam uma mulher e duas crianças pequenas.
Testemunhas confirmam a versão da mãe, e afirmam que eles atiraram para matar.
Desesperada, a mãe jogou a bolsa do bebê pela janela, numa tentativa de mostrar aos policiais que havia crianças dentro do carro, abriu a porta e se lançou para fora, na tentativa de salvar os filhos.
O pai de João Roberto disse ainda que a esposa dele mandou o filho mais velho deitar no chão do carro. E o menino, na ingenuidade de uma criança, ainda teve tempo de perguntar “por que, mãe?”.
Essas, provavelmente, foram as últimas palavras do menino.
A Secretaria de Segurança do Rio classificou a ação como “desastrosa”, e o secretário falou que falta para a polícia “preparo e critério na hora de agir”. Pediu desculpas e disse que o governador está “constrangido”.
Pedido de desculpa não serve para quem viu o filho de três anos ser baleado na cabeça, e é muito pouco para confortar as pessoas que têm medo de sair às ruas e que não confia na polícia.
Constrangidos devem estar os policiais honestos, que nessas horas provavelmente se envergonham da profissão.
Realmente, é lamentável a morte violenta de uma criança, cujos autores foram aqueles que deveriam ser responsáveis pela segurança da população. Lamentável também é a ação da polícia e da política que contribuem para essa violência que já se tornou rotineira no Rio.
É muito triste, revoltante e assustadora a situação.
Crimes cujas vítimas são crianças causam uma comoção pública muito grande e mexem com o sentimento das pessoas. Quantas crianças ainda vão ter que morrer? Até quando isso vai acontecer?
Infelizmente isso acontece diariamente, não só no Rio. E, sendo no Rio, muitos outros inocentes morrem nos morros e favelas, mas a tragédia só se torna pública quando acontece no asfalto, principalmente quando atinge a classe média. Mas parece que nada muda e assassinatos como esse voltam a acontecer.
O caso do menino João Roberto é mais um sinal do fracasso desse governo no combate à violência.
Confesso que fiquei arrepiada ao ouvir a declaração desse pai, e não consigo imaginar o que passou pela cabeça da mãe e das testemunhas que viram o momento em que dois policiais metralharam o carro onde estava uma mulher e duas crianças.
Carro este que parou no acostamento para dar passagem para a viatura continuar a perseguição policial que estava fazendo. Mas o desfecho da história foi mais trágico do que se podia imaginar.
domingo, 6 de julho de 2008
NÃO DÁ PRA FALAR DE OUTRA COISA.
Abraços, choro e sorrisos emocionados. O reencontro entre mãe e filhos, após mais de seis anos separados, foi transmitido por canais de televisão de todo o mundo, que parou e se emocionou ao acompanhar as imagens da tão esperada libertação da ex-candidata à presidência da Colômbia, Ingrid Betancourt, que havia sido seqüestrada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia em 2002, quando estava em plena campanha eleitoral para disputar a presidência do país.
O assunto tomou conta das conversas e ganhou espaço de destaque em toda a imprensa. Todos os telejornais exibiram as imagens e todos os jornais impressos e revistas da semana trouxeram a foto de Ingrid em destaque. Classificado como fato histórico e, sem dúvida, será.
Em uma operação muito bem planejada e sem que nenhum tiro fosse disparado (outro fator que chamou atenção), soldados do Exército Colombiano se disfarçaram de rebeldes e o resultado, satisfatório, foi classificado como “vitória da vida e da liberdade”. Foi essa ação militar, no dia dois de julho, que conseguiu resgatar Ingrid Betancourt e mais catorze reféns e prender dois guerrilheiros das Farc.
Em entrevista, Ingrid falou sobre a operação, a qual classificou de “impecável”, e disse que naquele dia tinha acordado cedo e achou que seria transportada para outro acampamento na selva. Contou sobre os dias no cativeiro, o tempo que passou acorrentada e as humilhações às quais era submetida.
Disse também sobre a felicidade ao reencontrar os filhos e afirmou que ainda não sabe o que vai fazer daqui pra frente, chegou até a ser questionada sobre uma possível candidatura ao governo, mas garantiu que de imediato pretende apenas se empenhar e lutar pela libertação dos outros reféns, tanto os da Colômbia como os de outras partes do mundo.
Diante disso tudo, acredito que não teve quem não se perguntou de onde essa mulher tirou forças para viver e como ela conseguiu sobreviver esse tempo todo no meio da mata, em poder de revolucionários guerrilheiros e vendo, a cada dia, companheiros de cativeiros adoecendo e morrendo.
Podemos também observar e destacar o empenho em enfraquecer as Farc e libertar os reféns. Empenho este que, de certa forma, mobilizou representantes de países de todo o mundo. Uma questão política que, na minha opinião, se estendeu à questão humanitária e abstraiu os limites dos interesses individuais de cada autoridade, como se os unissem em um interesse comum.
Os discursos vieram de diversos lugares, de vários presidentes. No geral, a ação foi classificada como uma vitória, a democracia e a liberdade foram citadas.
O venezuelano Hugo Chávez se disse feliz com a libertação e surpreendeu ao elogiar o presidente colombiano Álvaro Uribe pelo sucesso da operação. Este, por sua vez, comparou o resgate às maiores vitórias da humanidade e disse que continuará empenhado em libertar os outros reféns. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, foi pessoalmente recepcionar Ingrid no aeroporto para dar-lhe as boas vindas, e afirmou que a libertação dela é um sinal de esperança. Aqui no Brasil, Lula disse que a democracia reina na América Latina e, por isso, não há motivos para se chegar ao poder através da luta armada.
E as Farc, ao que tudo indica, está a cada dia perdendo força. Quem definiu bem isso foi o ministro do Interior da Colômbia, Fabio Valencia, para ele “é evidente a derrota política, não só porque o grupo foi declarado terrorista no mundo inteiro, mas também por haver recebido golpes contundentes das Forças Armadas”.
Agora, nos resta acompanhar os desdobramentos do caso e como será, daqui pra frente a luta para resgatar os mais de setecentos reféns que ainda estão em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.
* Mais informações no site da BBC Brasil: http://www.bbc.co.uk/portuguese/
* Texto publicado também no Blog da Comunicação: http://www.blogdacomunicacao.com.br/
O assunto tomou conta das conversas e ganhou espaço de destaque em toda a imprensa. Todos os telejornais exibiram as imagens e todos os jornais impressos e revistas da semana trouxeram a foto de Ingrid em destaque. Classificado como fato histórico e, sem dúvida, será.
Em uma operação muito bem planejada e sem que nenhum tiro fosse disparado (outro fator que chamou atenção), soldados do Exército Colombiano se disfarçaram de rebeldes e o resultado, satisfatório, foi classificado como “vitória da vida e da liberdade”. Foi essa ação militar, no dia dois de julho, que conseguiu resgatar Ingrid Betancourt e mais catorze reféns e prender dois guerrilheiros das Farc.
Em entrevista, Ingrid falou sobre a operação, a qual classificou de “impecável”, e disse que naquele dia tinha acordado cedo e achou que seria transportada para outro acampamento na selva. Contou sobre os dias no cativeiro, o tempo que passou acorrentada e as humilhações às quais era submetida.
Disse também sobre a felicidade ao reencontrar os filhos e afirmou que ainda não sabe o que vai fazer daqui pra frente, chegou até a ser questionada sobre uma possível candidatura ao governo, mas garantiu que de imediato pretende apenas se empenhar e lutar pela libertação dos outros reféns, tanto os da Colômbia como os de outras partes do mundo.
Diante disso tudo, acredito que não teve quem não se perguntou de onde essa mulher tirou forças para viver e como ela conseguiu sobreviver esse tempo todo no meio da mata, em poder de revolucionários guerrilheiros e vendo, a cada dia, companheiros de cativeiros adoecendo e morrendo.
Podemos também observar e destacar o empenho em enfraquecer as Farc e libertar os reféns. Empenho este que, de certa forma, mobilizou representantes de países de todo o mundo. Uma questão política que, na minha opinião, se estendeu à questão humanitária e abstraiu os limites dos interesses individuais de cada autoridade, como se os unissem em um interesse comum.
Os discursos vieram de diversos lugares, de vários presidentes. No geral, a ação foi classificada como uma vitória, a democracia e a liberdade foram citadas.
O venezuelano Hugo Chávez se disse feliz com a libertação e surpreendeu ao elogiar o presidente colombiano Álvaro Uribe pelo sucesso da operação. Este, por sua vez, comparou o resgate às maiores vitórias da humanidade e disse que continuará empenhado em libertar os outros reféns. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, foi pessoalmente recepcionar Ingrid no aeroporto para dar-lhe as boas vindas, e afirmou que a libertação dela é um sinal de esperança. Aqui no Brasil, Lula disse que a democracia reina na América Latina e, por isso, não há motivos para se chegar ao poder através da luta armada.
E as Farc, ao que tudo indica, está a cada dia perdendo força. Quem definiu bem isso foi o ministro do Interior da Colômbia, Fabio Valencia, para ele “é evidente a derrota política, não só porque o grupo foi declarado terrorista no mundo inteiro, mas também por haver recebido golpes contundentes das Forças Armadas”.
Agora, nos resta acompanhar os desdobramentos do caso e como será, daqui pra frente a luta para resgatar os mais de setecentos reféns que ainda estão em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.
* Mais informações no site da BBC Brasil: http://www.bbc.co.uk/portuguese/
* Texto publicado também no Blog da Comunicação: http://www.blogdacomunicacao.com.br/
sábado, 5 de julho de 2008
Música e Literatura...
“...andam de mãos dadas desde que o mundo é mundo.” É assim que foi descrito o 39º Festival de Inverno de Campos de Jordão no site oficial do evento, que começou hoje com a abertura da Orquestra Sinfônica de São Paulo.
Considerado o maior evento de música clássica da América Latina, este ano o Festival de Inverno terá, durante vinte e três dias, cinqüenta espetáculos, sendo vinte e quatro concertos gratuitos.
A literatura também faz parte do tema e vai estar presente nas obras musicais que foram inspiradas em textos de Shakespeare, Dante, Voltaire, Cervantes, José de Alencar, Nietzsche, Vinícius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade, entre outros.
A cidade, localizada na Serra da Mantiqueira, a 167 quilômetros de São Paulo, é famosa pelo clima frio e atrai muitos turistas durante a estação. Turistas que já conhecem o tradicional Festival de Inverno e prestigiam as apresentações que acontecem, gratuitamente, na Praça do Capivari.
O Festival Internacional é um atrativo também para os estudantes de música e os artistas de toda a América Latina, que se encontram em Campos do Jordão durante o mês de julho e observam as apresentações com olhares técnicos e profissionais.
Enquanto isso, no litoral fluminense...
....acontece a Festa Literária Internacional de Paraty , a FLIP, entre os dias dois e seis de julho. Esta é a sexta edição do evento, que reúne autores e grandes nomes da literatura de todo o mundo e já é reconhecida internacionalmente.
Assim como o Festival de Inverno, a FLIP acontece em uma cidade que também é muito conhecida e procurada pelos turistas, a diferença do clima é grande, já que Paraty fica no litoral do Rio de Janeiro, mas ambas são aconchegantes, com arquiteturas belíssimas e cheias de histórias.
A FLIP homenageia, a cada ano, um escritor brasileiro e, este ano é a vez de Machado de Assis. Aliás, 2008 é o ano do centenário do autor, que também será lembrado em Campos do Jordão com a Orquestra Acadêmica, que vai estrear Capitu, inspirada no romance Dom Casmurro.
A música também está presente na Festa Literária de Paraty. No caso, é a vez da música brasileira, com a presença de Chico Buarque, Paulinho da Viola, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Bethânia, entre outros.
Os jovens e as crianças não foram esquecidos, e na festa há atrações para eles, como oficinas para os aspirantes a escritor e palestras.
Pode ser em uma cidade litorânea ou serrana, a cultura está presente nos eventos que acontecem quase simultaneamente em duas cidades charmosas, aconchegantes, agradáveis e com lindas paisagens.
E, de fato, podemos observar que a literatura e a música andam juntas e se complementam.
*Saiba mais sobre o Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão no site do evento: www.festivalcamposdojordao.org.br
* Outras informações sobre a Festa Literária Internacional de Paraty podem ser encontradas no site: www.flip.org.br
Considerado o maior evento de música clássica da América Latina, este ano o Festival de Inverno terá, durante vinte e três dias, cinqüenta espetáculos, sendo vinte e quatro concertos gratuitos.
A literatura também faz parte do tema e vai estar presente nas obras musicais que foram inspiradas em textos de Shakespeare, Dante, Voltaire, Cervantes, José de Alencar, Nietzsche, Vinícius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade, entre outros.
A cidade, localizada na Serra da Mantiqueira, a 167 quilômetros de São Paulo, é famosa pelo clima frio e atrai muitos turistas durante a estação. Turistas que já conhecem o tradicional Festival de Inverno e prestigiam as apresentações que acontecem, gratuitamente, na Praça do Capivari.
O Festival Internacional é um atrativo também para os estudantes de música e os artistas de toda a América Latina, que se encontram em Campos do Jordão durante o mês de julho e observam as apresentações com olhares técnicos e profissionais.
Enquanto isso, no litoral fluminense...
....acontece a Festa Literária Internacional de Paraty , a FLIP, entre os dias dois e seis de julho. Esta é a sexta edição do evento, que reúne autores e grandes nomes da literatura de todo o mundo e já é reconhecida internacionalmente.
Assim como o Festival de Inverno, a FLIP acontece em uma cidade que também é muito conhecida e procurada pelos turistas, a diferença do clima é grande, já que Paraty fica no litoral do Rio de Janeiro, mas ambas são aconchegantes, com arquiteturas belíssimas e cheias de histórias.
A FLIP homenageia, a cada ano, um escritor brasileiro e, este ano é a vez de Machado de Assis. Aliás, 2008 é o ano do centenário do autor, que também será lembrado em Campos do Jordão com a Orquestra Acadêmica, que vai estrear Capitu, inspirada no romance Dom Casmurro.
A música também está presente na Festa Literária de Paraty. No caso, é a vez da música brasileira, com a presença de Chico Buarque, Paulinho da Viola, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Bethânia, entre outros.
Os jovens e as crianças não foram esquecidos, e na festa há atrações para eles, como oficinas para os aspirantes a escritor e palestras.
Pode ser em uma cidade litorânea ou serrana, a cultura está presente nos eventos que acontecem quase simultaneamente em duas cidades charmosas, aconchegantes, agradáveis e com lindas paisagens.
E, de fato, podemos observar que a literatura e a música andam juntas e se complementam.
*Saiba mais sobre o Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão no site do evento: www.festivalcamposdojordao.org.br
* Outras informações sobre a Festa Literária Internacional de Paraty podem ser encontradas no site: www.flip.org.br
sexta-feira, 4 de julho de 2008
A PANE NO SISTEMA. *
* (texto escrito no dia que não consegui acessar a Internet para publicá-lo no blog!)
APAGÃO e PANE. Foi dessa forma que os meios de comunicação definiram o problema no sistema de transmissão de dados da Telefônica, que deixou metade dos clientes sem conexão e causou transtornos e prejuízos, prejudicando lan houses, residências, órgãos públicos e grandes empresas da maior cidade do país, nesta quinta-feira, dia três de julho.
As delegacias da capital paulista pararam – e não foi por falta de ocorrências, infelizmente. A queda do sistema impediu os delegados de registrarem os boletins de ocorrência. Sendo assim, quem ia até o DP era aconselhado a voltar depois; já nos casos de flagrante, a espera foi necessária (no caso, espera por tempo indeterminado).
Os postos de atendimento do Poupatempo também foram prejudicados. Quem pretendia ou precisava usar os serviços oferecidos, como renovar ou tirar documentos, não foi atendido.
Nas lotéricas não foi possível apostar na sorte e nem efetuar pagamentos; nas residências, quem usa o serviço de Internet da Telefônica também não obteve sucesso ao tentar acessar a rede.
O problema começou, segundo a própria empresa, na tarde do dia anterior (na quarta-feira). Enquanto o problema persistia, não se sabia exatamente os motivos da pane e nem o tempo necessário para tudo voltar ao normal.
Milhares de pessoas entraram em contato com o Procon e, sendo assim, a Telefônica foi notificada e deve informar, em um prazo de vinte e quatro horas, quantos clientes foram afetados e quais os motivos da pane. Deve também apresentar uma proposta de como ressarcir o consumidor pelo horário em que ele não pôde usar a internet.
Em nota à imprensa, divulgada à tarde, a Telefônica disse que iria descobrir as causas do problema e solucioná-lo até o final da noite.
E assim foi. A empresa informou que o sistema foi restabelecido, ou melhor, que oitenta por cento da rede tinha sido restabelecida às oito e meia da noite.
Explicações? Segue um trecho da nota enviada à imprensa: "Trata-se de um evento técnico complexo e raro, que vem exigindo o trabalho ininterrupto de toda a equipe de técnicos e engenheiros da operadora, além de especialistas internacionais vinculados aos fabricantes dos equipamentos."
Bom, foram aproximadamente vinte e quatro horas sem acesso à internet.
Num passado não muito distante, a hoje popular Internet era algo quase desconhecido da população, não fazia falta e ainda estava engatinhando no mercado, para muitos parecia algo extremamente futurista. Pois é, o futuro chegou rapidamente, e hoje a Internet já faz parte da vida das pessoas, direta ou indiretamente, e as torna dependentes.
Tanto faz parte da rotina que um dia, ou mesmo algumas horas, sem acesso à rede, podem causar todos esses prejuízos e transtornos.
Foi o dia do apagão, o dia que a Internet parou em São Paulo!
APAGÃO e PANE. Foi dessa forma que os meios de comunicação definiram o problema no sistema de transmissão de dados da Telefônica, que deixou metade dos clientes sem conexão e causou transtornos e prejuízos, prejudicando lan houses, residências, órgãos públicos e grandes empresas da maior cidade do país, nesta quinta-feira, dia três de julho.
As delegacias da capital paulista pararam – e não foi por falta de ocorrências, infelizmente. A queda do sistema impediu os delegados de registrarem os boletins de ocorrência. Sendo assim, quem ia até o DP era aconselhado a voltar depois; já nos casos de flagrante, a espera foi necessária (no caso, espera por tempo indeterminado).
Os postos de atendimento do Poupatempo também foram prejudicados. Quem pretendia ou precisava usar os serviços oferecidos, como renovar ou tirar documentos, não foi atendido.
Nas lotéricas não foi possível apostar na sorte e nem efetuar pagamentos; nas residências, quem usa o serviço de Internet da Telefônica também não obteve sucesso ao tentar acessar a rede.
O problema começou, segundo a própria empresa, na tarde do dia anterior (na quarta-feira). Enquanto o problema persistia, não se sabia exatamente os motivos da pane e nem o tempo necessário para tudo voltar ao normal.
Milhares de pessoas entraram em contato com o Procon e, sendo assim, a Telefônica foi notificada e deve informar, em um prazo de vinte e quatro horas, quantos clientes foram afetados e quais os motivos da pane. Deve também apresentar uma proposta de como ressarcir o consumidor pelo horário em que ele não pôde usar a internet.
Em nota à imprensa, divulgada à tarde, a Telefônica disse que iria descobrir as causas do problema e solucioná-lo até o final da noite.
E assim foi. A empresa informou que o sistema foi restabelecido, ou melhor, que oitenta por cento da rede tinha sido restabelecida às oito e meia da noite.
Explicações? Segue um trecho da nota enviada à imprensa: "Trata-se de um evento técnico complexo e raro, que vem exigindo o trabalho ininterrupto de toda a equipe de técnicos e engenheiros da operadora, além de especialistas internacionais vinculados aos fabricantes dos equipamentos."
Bom, foram aproximadamente vinte e quatro horas sem acesso à internet.
Num passado não muito distante, a hoje popular Internet era algo quase desconhecido da população, não fazia falta e ainda estava engatinhando no mercado, para muitos parecia algo extremamente futurista. Pois é, o futuro chegou rapidamente, e hoje a Internet já faz parte da vida das pessoas, direta ou indiretamente, e as torna dependentes.
Tanto faz parte da rotina que um dia, ou mesmo algumas horas, sem acesso à rede, podem causar todos esses prejuízos e transtornos.
Foi o dia do apagão, o dia que a Internet parou em São Paulo!
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