Tenho o costume de observar as pessoas na rua e ouvir o que elas conversam, dependendo do assunto, presto atenção. No início dessa semana estava no ônibus, a caminho do trabalho, quando ouvi uma mulher conversar com o filho pelo telefone. Ela dizia: “mas por que os professores estão em greve?”.
Não sei qual foi a resposta do outro lado da linha. Poucos minutos depois, ela desligou o celular.
Logo pensei que este seria o assunto da semana, embora, na minha opinião, merecesse mais destaque na imprensa, já que atinge todo o estado de São Paulo e, segundo a Associação dos professores, setenta por cento das escolas aderiram à paralisação.
Hoje completa uma semana que foi anunciada a greve dos professores da rede estadual. A Apeoesp não aceitou os doze por cento de reajuste salarial propostos pela Secretaria de Educação, sendo assim, a greve continua pelo menos até o próximo dia vinte e sete, quando será realizada mais uma assembléia.
Enquanto isso, os professores se reúnem em assembléias e passeatas. Nesta tarde, aproximadamente cinco mil pessoas fecharam a Avenida Paulista; na semana passada, este número chegou a dez mil.
No entanto, o número de manifestantes no protesto de hoje foi controverso: enquanto a Polícia Militar informou cinco mil, o sindicato afirma que chegou a reunir sessenta mil pessoas. Uma diferença muito significativa!
A Associação dos professores do estado de São Paulo informou que, além do reajuste salarial, a categoria exige a revogação do decreto 53.037/08, que impõe restrições à transferência de escola e cria a avaliação de desempenho para temporários.
Enfim... a greve continua.
E como estão os alunos da rede estadual? Aulas interrompidas no final do semestre. E até que seja feito um acordo, a situação continuará assim... Volta às aulas? Talvez no período de férias...
2 comentários:
Ao ouvir falar em greve de professores,penso em como é difícil essa profissão... Até quando nossos educadores terão de se valer deste tipo de situação para que possam ser ouvidos, valorizados, para que possam ter melhores condições de trabalho,de ensino, de aprendizagem?Quando nossas crianças e jovens poderão contar com professores felizes, bem remunerados e melhor preparados?
Realmente é uma profissão que, infelizmente, não recebe o reconhecimento merecido. A situação nas escolas, principalmente nas públicas, não é das mais animadoras e otimistas. Concordo com os professores que buscam e lutam por uma condição melhor de trabalho e aprendizagem, mas, na minha opinião, os alunos não podem ser prejudicados, como acontece por exemplo quando são realizadas greves.
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