Uma guerra da alegria, com armas de pena; brincadeira de criança, daquelas que deixavam as mães bravas por causa da bagunça; gargalhadas e risadas.
Este sábado foi o dia da guerra de travesseiros no mundo todo, e contou com a participação de pessoas de todas as idades.
Um gesto que liberta a criança que existe dentro do ser humano. Expressa a vontade de se libertar, de quebrar regras, de não seguir protocolos. Uma maneira de espantar os fantasmas de cada um, de esquecer que existem pessoas observando tudo o que fazemos.
Uma atitude simples, algo que pode ser feito todos os dias em casa. Não tem contra indicação e o resultado são boas risadas e muita diversão.
Enquanto nos preocupamos em seguir regras pré-estabelecidas pela sociedade, sem sequer questioná-las, esquecemos de sorrir, de brincar, de ser feliz. No nosso dia-a-dia recheado de compromissos, problemas no trabalho, brigas familiares, rancor e discussões, deixamos de ver a essência das coisas e do real sentido da vida.
Num mundo de pessoas estressadas e depressivas, que correm o tempo todo contra o relógio, é preciso organizar diariamente “guerras de travesseiros”. Guerras cujo objetivo é o riso, a alegria, a felicidade simples e pura. Do jeito que só as crianças conseguem ter com naturalidade, com espontaneidade.
Constantemente nos sentimos observados e julgados; o tempo todo, mesmo que inconscientemente, tomamos atitudes pensadas, analisadas, medidas. O medo do ridículo é fatal. Fatal talvez para a nossa real personalidade, que mais se preocupa com a sociedade do que com o ser humano em si.
Quem teria coragem de ir em um sábado qualquer no parque do Ibirapuera, em São Paulo, com alguns amigos e travesseiros debaixo do braço? Imagine só como seria a reação das pessoas ao verem adultos fazendo guerra de travesseiro no meio do parque. Um bando de loucos, no sentido mais pejorativo possível do termo.
Mas hoje foi diferente. Isso aconteceu no mundo todo. Só no Ibirapuera foram cerca de quinhentas pessoas. Adultos brincando como crianças, sem medo de serem felizes e sem medo de serem tidos como loucos.
Sem dúvida, quem estava presente teve uma sensação única. De leveza, beleza, poesia. Uma cena emoldurada pelas penas que voavam dos travesseiros e que teve como trilha sonora gargalhadas sinceras.
Talvez seja isso que falte no mundo, sorrisos sinceros e um pouco mais de poesia na vida.
sábado, 4 de abril de 2009
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Podemos estar cancelando as ligações
Sabe aquelas ligações chatas, cujo objetivo é vender algum produto que na maioria das vezes você não quer. E o pior, quando você atende e escuta do outro lado da linha uma pessoa que foi treinada para falar como se fosse uma máquina e que insiste em contrariar a gramática, usando todas as formas possíveis e erradas do gerúndio.
Pois é, agora você já pode “estar cancelando” esses telefonemas incômodos e indesejados.
Começou a valer na última quarta-feira o bloqueio de ligações de empresas de telemarketing. O consumidor precisa apenas cadastrar o número do telefone no site do Procon. Celular ou fixo, quantos números a pessoa quiser.
Isso mesmo, simples assim.
Por enquanto a medida foi adotada somente no estado de São Paulo. E pelo jeito os paulistas realmente estão cansados de “estar atendendo” a tantos telefonemas. Em menos de uma semana, já foram feitos cerca de setenta mil cadastros.
O bloqueio passa a funcionar trinta dias após o cadastro. E a empresa que desrespeitar a lei será multada.
Segundo o Procon, a legislação fortalece o poder de escolha do consumidor. Quem gosta de receber as ligações de empresas de telemarketing, ótimo, vai continuar recebendo; mas quem não quer ser perturbado tem agora o direito de escolha.
O jeito agora é ver se as empresas vão mesmo respeitar esse decreto estadual.
E viva o cadastro “antitelemarketing”!
Pois é, agora você já pode “estar cancelando” esses telefonemas incômodos e indesejados.
Começou a valer na última quarta-feira o bloqueio de ligações de empresas de telemarketing. O consumidor precisa apenas cadastrar o número do telefone no site do Procon. Celular ou fixo, quantos números a pessoa quiser.
Isso mesmo, simples assim.
Por enquanto a medida foi adotada somente no estado de São Paulo. E pelo jeito os paulistas realmente estão cansados de “estar atendendo” a tantos telefonemas. Em menos de uma semana, já foram feitos cerca de setenta mil cadastros.
O bloqueio passa a funcionar trinta dias após o cadastro. E a empresa que desrespeitar a lei será multada.
Segundo o Procon, a legislação fortalece o poder de escolha do consumidor. Quem gosta de receber as ligações de empresas de telemarketing, ótimo, vai continuar recebendo; mas quem não quer ser perturbado tem agora o direito de escolha.
O jeito agora é ver se as empresas vão mesmo respeitar esse decreto estadual.
E viva o cadastro “antitelemarketing”!
terça-feira, 31 de março de 2009
Tragédia na porta da escola
Dessa vez não foi previsível. Pelo menos ninguém imaginou que poderia acontecer. O caminhão estava parado. Mas estava parado numa ladeira, e isso foi o suficiente para o veículo descer a rua desgovernado, bater no muro de uma escola, matar uma criança e ferir outras dez pessoas.
Entre os feridos, apenas um é adulto. Uma monitora da escola, que está internada em estado grave. As crianças passam bem.
A tragédia aconteceu no bairro do Grajaú, na zona sul de São Paulo, no fim da tarde de ontem. No local, muitas crianças ficam na rua, o que já é um perigo e motivo para os motoristas redobrarem a atenção.
O menino Ricardo Clemente de Souza, de seis anos, foi enterrado hoje. Em meio a dor, tristeza e indignação, um padre abençoou a criança, que não tinha sido batizada em vida. O ato deixou ainda mais emocionante uma situação que por si só já é dramática.
O velório e o sepultamento foram acompanhados pelos familiares, amigos, crianças que estudavam com o menino e alguns desconhecidos e curiosos. Além da presença da imprensa.
Não estava presente, no entanto, a mãe. Muito abalada e em estado de choque, não conseguiu ir até o cemitério para se despedir do filho.
O motorista do caminhão foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e vai responder o processo em liberdade.
Mas a questão agora é saber o que fazer para evitar que tragédias como essa voltem a acontecer. E se há o que fazer, já que se trata de um acidente.
Depois dessa história toda, o que vai mesmo ficar na memória de quem acompanhou o caso é a imagem das crianças, aquelas que brincavam com o menino Ricardo, chorando e falando do amiguinho que morreu na porta da escola, sem que nada pudesse ser feito.
Entre os feridos, apenas um é adulto. Uma monitora da escola, que está internada em estado grave. As crianças passam bem.
A tragédia aconteceu no bairro do Grajaú, na zona sul de São Paulo, no fim da tarde de ontem. No local, muitas crianças ficam na rua, o que já é um perigo e motivo para os motoristas redobrarem a atenção.
O menino Ricardo Clemente de Souza, de seis anos, foi enterrado hoje. Em meio a dor, tristeza e indignação, um padre abençoou a criança, que não tinha sido batizada em vida. O ato deixou ainda mais emocionante uma situação que por si só já é dramática.
O velório e o sepultamento foram acompanhados pelos familiares, amigos, crianças que estudavam com o menino e alguns desconhecidos e curiosos. Além da presença da imprensa.
Não estava presente, no entanto, a mãe. Muito abalada e em estado de choque, não conseguiu ir até o cemitério para se despedir do filho.
O motorista do caminhão foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e vai responder o processo em liberdade.
Mas a questão agora é saber o que fazer para evitar que tragédias como essa voltem a acontecer. E se há o que fazer, já que se trata de um acidente.
Depois dessa história toda, o que vai mesmo ficar na memória de quem acompanhou o caso é a imagem das crianças, aquelas que brincavam com o menino Ricardo, chorando e falando do amiguinho que morreu na porta da escola, sem que nada pudesse ser feito.
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